DISCIPLINA – Tecnologias da comunicação e subjetividade:
TECNOCULTURA CONTEMPORÂNEA (genealogia e política)
Proposta:
Com a ascenção das mídias digitais, diferentes perspectivas surgiram para interpretar a relação da subjetividade com os instrumentos técnicos. No bloco I, a disciplina se volta para apresentar e debater algumas genealogias que avançam na demarcação da relação subjetividade/instrumentos técnicos no campo da Comunicação: o “bios midiático”; a “materialidade da comunicação”; a “era das ligações”. No bloco II, apresenta-se e debate algumas questões sobre subjetividade e política em relação ao tema da disciplina. O emprego de documentário vem refinar, contextualizar e complementar a discussão de seções.
BLOCO I – PERSPECTIVAS GENEALÓGICAS:
Seção 1:
Condição humana – o “bios midiático”.
Leitura:
SODRÉ, Muniz, “Sobre a episteme comunicacional”. In: Revista Matriz, Outubro, 2007.
Aprofundamento:
SODRÉ, Muniz, Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede. Vozes, 2002.
Seção 2:
Midiatização – a “materialidade da comunicação”.
Leitura:
FELLINTO, Erick & ANDRADE, Vinicius, “A vida dos objetos: o pensamento da materialidade da comunicação”. In: Contemporânea, vol.3, jan-jun, 2005.
Aprofundamento:
GUMBRECHT, Hans. Produção de presença. [Contraponto, 2010] / Modernização dos sentidos. [Ed.34, 1998].
Seção 3:
Redes – a “genealogia das ligações”.
Leitura:
MIRANDA, José de Bragança. “Elementos para uma Genealogia das Ligações”. [www.cecl.com.pt/redes/pdf/jbm.pdf].
Aprofundamento:
MIRANDA, José de Bragança. Crítica das Ligações na Era da Técnica. Tropismo, Lisboa, 2002.
Seção 4:
INTERMEZZO I – documentário:
ROSS, D. & BARISON, D.: “The Ister” (2004, 189min).
BLOCO II – PERSPECTIVAS POLÍTICAS:
Seção 5:
Qual individuação possível? – “cuidado de si e dispositivos”.
Leitura:
AGAMBEN, Giorgio, “O que é um dispositivo?”. In: O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Argos, Chapecó, 2009.
Aprofundamento:
FOUCAULT, Michel. “A escrita de si”. In: O que é um autor? Passagens, Lisboa, 1992 / AGAMBEN, Giorgio, Profanações. Boitempo, São Paulo, 2007.
Seção 6:
O que é ‘construir’ uma imagem? –a “imagem fractal”
Leitura:
PARENTE, André, “Imagens que a razão ignora”. In: Revista Galáxia, n°4, 2002.
Aprofundamento:
PARENTE, André, O virtual e o hipertextual: a rede como paradigma da contemporaneidade. Pazulin, Rio de Janeiro, 1999.
Seção 7:
INTERMEZZO II – documentário:
FAROCKI, Harun: “Natureza morta” (Stilleben, 1997, 58 min).
Seção 8:
Quem está fora das redes? – “there is no outside”.
Leitura:
LATOUR, Bruno, “Esferas e redes: dois modos de reinterpretar a globalização”. [em inglês; texto curto a ser traduzido]. Harvard Design Magazine, February 17, 2009.
Aprofundamento:
LATOUR, Bruno, “From Realpolitik to Dingpolitik: an introduction”. In: Making Things Public. Atmospheres of Democracy at ZKM, MIT Press, 2005.
Seção 9:
INTERMEZZO III – documentário:
SAUPER, H.: “Darwin’s Nigthmare” (2004, 107min.).
Seção 10:
Por uma economia da contribuição? – Stiegler [I]– “transindividuação e economia da contribuição”.
Leitura:
STIEGLER, Bernard, “Manifesto 2010”. Ars Industrialis. [http://arsindustrialis.org/manifesto-2010-pt].
Aprofundamento:
STIEGLER, Bernard, Pour une nouvelle critique de l’économie politique, Galilée, Paris, 2009. [sem tradução para o português].
Seção 11:
Por uma economia da contribuição? – Negri [II] – “trabalho imaterial e biolutas”.
Leitura:
COCCO, Giuseppe, “As biolutas e a constituição do comum”. In: Le monde diplomatique Brasil. Maio, 2011.
Aprofundamento:
NEGRI, A. & HARDT, Multidão: guerra e democracia na era do Império. Record, São Paulo, 2005.
Seção 12:
INTERMEZZO IV – documentário:
GORMLEY, Ivo: “Us Now” (2009, 60min.).