GENARO, Ednei de

Professor de Educação - Faculdade de Educação e Linguagem (FACEL), Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Câmpus Cáceres.
ednei.genaro@unemat.br
+55 62 9 9908 9120

► INTERESSES ACADÊMICOSACADEMIC INTERESTS

> Área atual de produção acadêmica: Educação
> Expertises e atuais interesses: 1. Filosofia, Sociologia e História da Educação/Tecnologia; 2. Teoria Crítica e Educação/Tecnologia; 3. Estética e Educação/Tecnologia.
> Projetos atuais: 1. Arqueologia das Epistemes Educacionais (tese; livro); 2. Bernard Stiegler: introdução & filosofia da educação (livros; artigos).

► TÍTULOS ACADÊMICOS DEGREES

– 2023-[2026] – DOUTORANDO EM EDUCAÇÃO – Ph.D. Candidate in EDUCATION – CAPES 5.

Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.
Tese: Arqueologia das Epistemes Educacionais
Orientadora: Prof. Dra. Rita Márcia Furtado.

– 2011-2016 – DOUTORADO EM COMUNICAÇÃOPh.D. IN COMMUNICATION – Conceito CAPES 7.

Universidade Federal Fluminense, UFF, Brasil.
Tese: Harun Farocki – Pensador e Operador de Mídias
Orientador: Prof. Dr. Cezar Migliorin.
Supervisor (estágio no exterior): Prof. Dr. Bernard Stiegler (IRI – Centre Pompidou – Paris – FR). 

– 2008-2010 – MESTRADO EM SOCIOLOGIA POLÍTICA – MASTER’S IN POLITICAL SOCIOLOGY – Conceito CAPES 5.

Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Brasil.
Dissertação: O Tempo da Técnica
Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Sell

– GRADUAÇÕES

2018-2020 – PEDAGOGIA (Modalidade Segunda Licenciatura) Centro Universitário Internacional, UNINTER, Brasil.

2000-2007 – GEOGRAFIA (Bacharelado e Licenciatura) Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Brasil.

2017-2021 – FILOSOFIA e SOCIOLOGIA (Modalidade Segunda Licenciatura) Centro Universitário de Araras Dr. Edmundo Ulson, UNAR, Brasil.

► CURRÍCULO EM PLATAFORMASCURRICULUM IN PLATFORMS

ORCID – https://orcid.org/0000-0003-2923-0195

LATTES – http://lattes.cnpq.br/2101807768312701

 ► DOMÍNIO DE IDIOMASLANGUAGE PROFICIENCY

Francês [FR] – Inglês [EN]

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TRAJETÓRIA ACADÊMICA – ACADEMIC TRAJECTORY

– 2000-2007: ALUNO DE GRADUAÇÃO
I – Graduação em Geografia (Licenciatura e Bacharelado), pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP).
IIBolsista de Iniciação Científica, pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), sob a orientação do professor Dr. Ricardo Castillo.
III – Monitoria da disciplina de graduação Análise de Redes e Fluxos (2004).
IV – Integrou o Grupo de Pesquisa “GEOPLAN – Laboratório de Investigações Geográficas e Planejamento Territorial” (Depto. Geografia - UNICAMP).


Contextos:
> Frequentei a graduação de Geografia, na Unicamp, que oferecia uma inovadora (ainda que problemática) proposta de grade curricular: um núcleo comum de Ciências da Terra, buscando explorar a transdisciplinaridade e as complexidades sociais, físicas, químicas e biológicas. A mencionada disciplina de monitoria, Análise de Redes e Fluxos (ementa do curso acerca das teorias de redes e suas infraestruturas capitalistas), concebida renomado geógrafo brasileiro Milton Santos, especialmente no capítulo “Por uma geografia das redes”, de sua obra-prima A Natureza do Espaço, publicada em 1997, foi também uma grande referência para a minha Iniciação Científica, Monografia e para o Grupo de Pesquisa do qual participei. Muitas de minhas leituras posteriores também partiram de temas e autores trabalhados na referida obra de M. Santos;
> Entre os anos 2001 e 2007, frequentei diversas disciplinas oferecidas pelos Departamentos de Sociologia, Filosofia e História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH-UNICAMP), adquirindo um vivo gosto pelas humanidades e pela transdisciplinaridade;
> Durante a graduação – compreendo hoje –, havia elegido dois fundamentos – metodológico e filosófico - que sigo até hoje: a indissociabilidade das dimensões técnica e humana na compreensão dos ambientes, objetos e ações; o horizonte antropotécnico pelo qual a vida se desenrola;
> Os anos 2000 na UNICAMP foram anos de intensas vivências universitárias, nas bibliotecas, no movimento estudantil e nas festividades, culminando com expedições ao Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. À vista disso, pensamentos progressistas foram intensamente cultivados.

– 2008-2010: ALUNO DE MESTRADO
I – Mestrado em Sociologia Política pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC), Florianópolis – SC, sob a orientação do professor Dr. Carlos Eduardo Sell.
II – Estágio Docência na disciplina Epistemologia das Ciências Humanas (2009). 
III – Integrou o Grupo de Pesquisa "Modernidade, Ciência e Tecnologia" (PPG Sociologia Política - UFSC).

Contextos:
> Projeto de pesquisa de mestrado sobre como a temporalidade humana é condicionada pelas tecnologias, investigando o contemporâneo a partir do problema sociológico e filosófico do descompasso entre o tempo do mundo e o tempo da vida e da questão da aceleração tecnológica;
> O professor Sell, e outro do programa de pós-graduação em Sociologia Política, Prof. Dr. Ricardo Silva, proporcionaram-me os mais estimulantes cursos e ambientes de discussão, de Teoria Social (Maquiavel, Tocqueville, Marx, Weber, Nietzsche) e de Teoria Política (Skinner, Berlin, Gramsci);
> Na Biblioteca Central da UFSC, entre os anos de 2008 e 2010, fiz leituras no campo da Filosofia/Sociologia da Tecnologia, descobrindo autores que me estimularam a pesquisar sobre política, cultura e história a partir de uma perspectiva materialista contemporânea (séculos XX e XXI). Cito alguns pensadores: Virilio, Baudrillard, Simondon, McLuhan, Deleuze, Ellul, Leroi-Gourhan, Ihde, Marcuse, Benjamin, Husserl, Mumford, Ortega e Gasset, Latour, Stiegler; e alguns artistas: Stelarc e Bill Viola
para citar apenas os mais famosos;
> Em 2009, uma rara disciplina na academia brasileira, Filosofia da Tecnologia, foi oferecida no departamento de pós-graduação em Filosofia da UFSC, pelo Prof. Dr. Alberto Cupani. Eu cursei.

– 2011-2015: ALUNO DE DOUTORADO
I – Doutorado em Comunicação pela UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF), em Niterói – Rio de Janeiro, sob a orientação do professor Dr. Cezar Migliorin.
II – Estágio Doutoral no Exterior, na França, em 2013, no INSTITUT DE RECHERCHE ET D'INNOVATION (IRI), Centre Pompidou – Paris, sob supervisão do filósofo Bernard Stiegler (1952-2020).
III – Estágio Docência ministrando a disciplina Cinema, Estética e Política (2012). 
IV – Integrou o Grupo de Pesquisa “KUMÃ – Laboratório de Pesquisa e Experimentação em Imagem e Som” (PPG Comunicação - UFSC).

Contextos:
> Em 2010, no Brasil, nos campos da Geografia (do Virtual) e da Sociologia (da Tecnologia), poucos grupos de pesquisa se engajavam a respeito. Assim, para mim, duas opções eram concebíveis: primeiro, uma tese na área da Filosofia (da Tecnologia); segundo, ir a um campo acadêmico com grande número de grupos de pesquisa dedicados às perspectivas materialistas ao escrever sobre política, cultura e história (das mídias): os departamentos acadêmicos de Comunicação. Optei pela última, com um projeto de tese sobre o cineasta alemão Harun Farocki (1944-2014), que para mim representava um caso prodigioso de pensador-operador de mídias-tecnologias e de montagem transindividual, e, além disso, porque tal projeto na área de Comunicação compatibilizava com as minhas predileções de investigação pessoais desde então: a. O gosto pelos argumentos materialistas, estético-políticos e pelos discursos históricos (arqueologia dos dispositivos); b. Meu apreço pelos trabalhos empíricos das humanidades; c. E meu entusiasmo pelas experimentações artísticas (em particular, os filmes-ensaios com arquivos) e suas antecipações sobre o futuro da vida, da sociedade e da tecnologia;
> Neste período, intensifiquei minhas leituras sobre as mídias digitais e o meu interesse pelas perspectivas de maquinações, depois da virada cibernética, apresentadas nas obras de Deleuze e Guattari, e de Bernard Stiegler. O estágio doutoral no exterior sob a orientação de Stiegler, no Centre Pompidou (2013-14) foi uma oportunidade significativa para avançar em tais leituras e perspectivas;
> Criação deste site pessoal acadêmico Maelström Life, em 2010 (sobre o título, ver o texto na página principal do site).

– 2016-2022: PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS ENQUANTO DOCENTE UNIVERSITÁRIO
I – Ensino nos cursos de Pedagogia e Ciências Sociais, na UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL (UFMS), no Câmpus Naviraí.
II – Ensino da disciplina História da Educação, na UNIVERSIDADE DO ESTADUAL PAULISTA (UNESP), no Câmpus São José do Rio Preto.
III – Ensino nos cursos de Pedagogia e Filosofia, na UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO (UNEMAT), nos Câmpus de Pontes e Lacerda e do Médio-Araguaia.
IV – Graduação (modalidade segunda licenciatura) em Pedagogia (UNINTER), Filosofia e Sociologia (UNAR).

Contextos:
> 2016, um novo “ano sabático”, com novas indecisões profissionais. Bacharelado? Geografia. Mestrado? Sociologia Política. Doutorado? Comunicação. A essa altura, algo era certo: o discurso de multi, inter ou trans disciplinaridade, tão promovido nas instituições brasileiras nos anos 2000, não passava de um modismo intelectual. Modismos entram e saem de cena. Poucas mudanças. Retrocessos, em alguns casos, como na área de Comunicação, que teve brilhantes professores originários de diferentes áreas, mas agora permanece fechada em seu próprio feudo, resguardando seus sacerdotes;
> Entre 2016 e 2022, evidenciaram-se retrocessos ainda mais profundos — políticos, econômicos, culturais e, ademais, pandêmicos — configurando um tempo notoriamente sombrio para a educação brasileira. A intensificação da crise econômica (iniciada em 2014) e o golpe parlamentar-midiático contra Dilma Rousseff marcaram o fim da era petista de investimentos em pesquisa e educação. Seguiu-se, então, uma fase dominada pela expressão mais visceral dos radicalismos neoliberais, dos obscurantismos e das perseguições às universidades públicas, agravados pelo caos entrópico da plataformização egocêntrica e corrosiva das esferas públicas. Tal visceralidade bárbara fora institucionalizada com a eleição do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro à Presidência da República. Ao final de 2021, por exemplo, os investimentos federais em pesquisa e desenvolvimento haviam retrocedido ao patamar de uma década anterior[1]);
> No início de 2016, fiz meu primeiro projeto de pós-doutorado, que resultou em um longo ensaio acerca das filosofias tecnopolíticas defendidas pelos aceleracionistas capitalistas e pós-capitalistas: Escatologias Tecnopolíticas Contemporâneas. O filósofo Peter Pál Pelbart, do departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, aceitou a supervisão. No entanto, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) diz “não” duas vezes, embora os avaliadores tenham sinalizado pela aprovação, dando ao projeto o conceito de “excelência”;
> Diante do cenário hostil aos recém-doutores e aos titulados de modo transdisciplinar, a partir do final de 2016, passei a assumir oportunidades como professor substituto em diferentes localidades do país, lecionando em departamentos de Pedagogia (UFMS – Naviraí-MS, de 2016 a 2018; UNESP – São José do Rio Preto-SP, em 2019; UNEMAT – Pontes e Lacerda-MT, de 2019 a 2022), Ciências Sociais (UFMS – Naviraí, de 2016 a 2018) e Filosofia (UNEMAT – Vila Rica-MT, em 2021 e 2022). Em 2017, fui também curador e tutor de arte, em Fortaleza – Ceará: Harun Farocki: Trabalhando com Imagens (catálogo);
> Em 2018, meu livro Harun Farocki (CRV, 2018) finalmente foi publicado;
> Em 2023, concluí meu projeto de tradução e apresentação de três autores-chave da Teoria Crítica da Mídia (norte-americana, surgida a partir dos anos 2000): Software, Redes e Classes: Chun, Galloway, Wark.

– 2023-: PROFESSOR DA UNEMAT E DOUTORANDO DA UFG
I – Doutorando em Educação na UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG), sob a orientação da professora Dra. Rita Márcia Magalhães Furtado (2023-atual): https://ppge.fe.ufg.br
II – Integrante do Grupo de Pesquisa “NEVIDA – Núcleo de Estudos em Educação, Violência, Infância, Diversidade e Arte” (PPG Educação - UFG)

III – Membro Colegiado do curso de Pedagogia (Turma única), na Faculdade Multidisciplinar do Médio Araguaia, UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO (UNEMAT), Câmpus Médio Araguaia.
III - Ensino na Faculdade de Educação e Linguagem (FACEL), UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO (UNEMAT), Câmpus Cáceres (2025-atual): https://caceres.unemat.br/faculdades/facel. Anteriormente, ensino na Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Linguagem (FACSAL-UNEMAT), Câmpus Tangará da Serra (2S-2024).

Contexto:
> Após sete anos (2016-2023) trabalhando de facto na área de Educação/Pedagogia, meus referidos fundamentos filosófico e metodológico e minhas pesquisas envolvendo Materialismo, Arqueologia e Dispositivos prosseguem a partir das mais recentes maturações intelectual e profissional em ensino, pesquisa e extensão na referida área. Esse prosseguimento despertou novas motivações e dedicações acadêmicas, de modo que, a partir de 2023, ingressei como aluno de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFG, integrando-me a grupos de pesquisa vinculados ao Programa. Projetos atuais: 1. Arqueologia das Epistemes Educacionais (tese; livro); 2. Bernard Stiegler: introdução & filosofia da educação (livro; artigos).

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[1] Ver a notícia para a nota técnica do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), publicada em 26 de agosto de 2021: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/noticias/noticias/282-investimento-federal-em-c-t-retrocede-mais-de-uma-decada-aponta-estudo-do-cts. Ver também a reportagem do jornal Nexo, de 13 de agosto de 2022: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2022/08/13/Como-os-cortes-de-or%C3%A7amento-de-pesquisa-cient%C3%ADfica-afetam-voc%C3%AA.

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Deleuze; Guattari. Capitalisme et schizophrénie: l'anti-Oedipe, 1972, p. 6-7